quinta-feira, 30 de julho de 2009

Acontece uma coisa muito interessante em Salvador.


Por Talitha Colcerniani


Os estabelecimentos acham que é um favor que fazem aos clientes em abrir para atendê-los. Cheguei a esta conclusão depois de algumas saidas estressantes. Em pleno feriado resolvi ir ao Caranguejo de Sergipe. Quando cheguei achei estranho, pois as pessoas em algumas mesas estavam se levantando do nada... mas aí percebi o que estava acontecendo:

Havia somente três garçons no restaurante inteiro, pra atender mais de 40 mesas.

Em um momento o gerente começou a ir até as pessoas que acabavam de chegar para avisar que eles estavam sem condições de atender, mas se a pessoa quisesse ficar, deveria saber que tudo estava demorando. Teve até cliente levantando pra pegar a cerveja no bar porque demorava 10 a 20 minutos. Minha jarra de água de coco veio pela metade! Se não tem como atender, melhor não abrir! Ja basta uma mão de obra pouco qualificada, que não conhece o cardápio e ainda mal humorada porque esta trabalhando em péssimas condições...

Pensei que era um acontecimento isolado de minha vida e tentei esquecer o ocorrido...

Mas não é aconteceu de novo?! Desta vez no Mariposa. Chego ao estabelecimento do Shopping boulevard 161 e sou direcionada para o andar superior. Neste dia eu tinha que gritar, chorar para o garçom me atender. O gerente aparece falando que tudo está demorado porque eles nao esperavam abrir o segundo piso...

Comida chegando antes da bebida, temaki mal feito, molho da salada chegando no final, péssimo atendimento.

Fico a imaginar o que se passa na cabeça de um gerente para permitir chegar a este ponto, ainda mais em um local, teoricamente, de alto nivel. Ate que ponto vale a pena sacrificar o nome do estabelecimento por algumas mesas a mais na noite? Claro que nesses dois locais não volto e ainda aviso para todos os meus amigos.

Chega de ter este tipo de mentalidade de serviço “meia boca” em Salvador! Os donos têm que investir em treinamento, qualificação e ter visão de empreendimento. Nao basta abrir o local, é preciso cultivar novas propostas, procurar ajuda de profissionais que saibam direcionar o serviço e melhorar a qualidade.

Eu fico chateada quando chega o pessoal do sul e fica falando que salvador o povo não sabe trabalhar, que o atendimento é péssimo...