quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Amargo por inteiro: Um chocolate no Lucca Cafés


Por BWM


Não me considero um chocólatra, mas gosto muito, muito mesmo de chocolate. Chocolate ao leite, meio amargo, crocante e em todas as suas mais variadas formas de preparação: bolos, tortas, bombons, bombas, ovos de páscoa.

Dificilmente recuso um convite para passar algumas horas dentro de doçarias degustando guloseimas que sem dúvida terminarão com uma bela fatia de torta de chocolate é claro. Foi isso o que aconteceu na última sexta-feira dia 21/08 quando juntamente com uma amiga por volta das 19h30 acabamos indo parar no Lucca Cafés do Shopping Iguatemi.

O café fica localizado em um espaço aberto no segundo piso do Shopping e em meio a um grande fluxo de pessoas circulando ao redor, o que não me agrada muito pois em se tratando de cafés e doçarias prefiro ambientes fechados, mais aconchegantes, mas vou deixar pra aprofundar esse assunto em outra oportunidade.
Voltemos, portanto ao Lucca Cafés do Iguatemi. Embora estimulado por minha amiga a experimentar o chocolate quente acabei seduzido por outro item do cardápio intitulado chocola. Pedi orientação do garçom e ele me disse que se tratava de uma bebida também quente, mas mais cremosa do que o chocolate quente tradicional, o que só fez aumentar meu desejo de experimentá-lo.

Fizemos então nossos pedidos, que foram atendidos num curto espaço de tempo. Fiquei encantado com a apresentação do meu chocola, com muito chantilly por cima e me debrucei sobre ele sem querer esperar mais um segundo para começar a degustá-lo.
Aí a coisa começou a desandar, pois aquilo que para mim seria o grande diferencial da bebida se mostrou algo muito mais parecido com um mingau que de saboroso tinha muito pouco. Precisei adicionar dois saches de açúcar pra adoçá-lo e usar a colher para poder comê-lo, sim é isso mesmo comê-lo.

Primeiramente, nada contra o açúcar, mas ter que adoçar uma preparação ou uma bebida que a princípio nos remete à idéia de que já está devidamente adoçada é meio decepcionante. Em segundo, o que consta do cardápio como uma bebida se mostrou ser na verdade um verdadeiro mingau difícil de misturar com o chantilly e meio sem graça.

Conclusão? Mesmo amando chocolate, “chocola” do Lucca Cafés again, never more.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Pequenas surpresas que salvam o dia...


Por Alexandre Takei


Acho que todo mundo tem seus dias de cão. Aqueles dias péssimos em que a gente queria simplesmente não existir. Pois bem, hoje foi um dia desses pra mim, por uma série de motivos que não interessa citar aqui.

No início da noite, cansado e naturalmente mal humorado (ou talvez simplesmente indisposto demais pra sustentar qualquer tipo de humor), saí para o Salvador Shopping. Hoje eu não tinha nenhuma pretensão gastronômica, simplesmente fui me encontrar com minha namorada, levar minhas facas de cozinha para amolar, e aproveitei para me alimentar. Foi totalmente incidental.

Rodei a praça de alimentação, e depois de analisar algumas opções, parei no Raízes, restaurante por quilo de comida natural. Vale ressaltar que comer em restaurantes por quilo sempre é melhor no início dos serviços de almoço/jantar, o que foi o caso. Isso se deve ao fato de que está tudo recém-preparado, pouco remexido, e os grelhados ainda quentinhos, porém sem estar ressecados.

Eu poderia falar de tudo o que provei, que estava no mínimo razoável, e a maioria dos itens, muito gostosos. Cebola roxa, abobrinha e beringela grelhadas, arroz de sete cereais e um feijãozinho com cara de feito em casa, entre outras coisas. Mas não, não vou me delongar nelas, vou falar apenas da experiência que tornou uma simples refeição em algo digno de motivar este relato:

O agulhão-negro grelhado! Peixe delicioso, porém difícil de achar à venda. Lá, foi preparado sem frescuras, aparentemente sem muitos condimentos ou uso de ervas. Sal, grelha e ponto final.

Na aparência, estava bem dourado e com um brilho e convidativo, que me fez pegar um pedaço sem pensar duas vezes. Ao cortar o peixe, sua carne branca estava bem firme, mostrando aquela suculência que só se consegue com um ponto de cocção perfeito.

E estava perfeito de fato! Temperado apenas com o sufuciente de sal para realçar o gosto, sem competir com a delicadeza do sabor do agulhão, confirmando a textura realmente suculenta na boca. Simples, sem firulas e muito bem executado. Arrancou suspiros.

É impressionante como na gastronomia, bem como na vida, encontramos essas pequenas e belas surpresas quando menos esperamos. Pode acontecer até mesmo quando comemos fora só para matar a fome em um restaurante por quilo, gênero normalmente associado à comida de qualidade medíocre feita para clientes com pressa.

Pois hoje esta grata surpresa conseguiu empolgar a ponto de salvar o meu dia, e isso não é pouca coisa.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Farid Salvador Shopping: Um restaurante...ok.


Por Alexandre Takei



Ontem (02/08), domingo à noite, decidi jantar com minha namorada na rua. Preguiça de cozinhar, vontade de olhar um cardápio, pedir e esperar a comida pronta, e tudo isso somado à vontade de sair de casa. Como estávamos os dois com vontade de comer comida árabe, decidimos ir ao Farid do Salvador Shopping, que minha namorada ainda não conhecia, e eu não ia há algum tempo.

O restaurante fica na praça de alimentação do shopping, o que por si só o desfavorece no quesito ambientação. A solução encontrada foi cercar o espaço do estabelecimento, isolando-o do resto da praça, e na parte mais interna, colocar algumas mesas com divisórias de madeira e sofazinhos de forma a criar um ambiente com um pouco mais de privacidade. No mais, o visual é pode ser definido como clean. Nada de mais. Simplesmente ok.

O lugar estava relativamente vazio (algo em torno de cinco mesas ocupadas) e já passava das 20h00; senti uma leve pressão por parte do garçom ao perguntar se queríamos mais alguma coisa da cozinha, e comunicar que ela fechava às 21h00, mas já vi casos bem piores. Nada de assustador, e ao menos ele foi bem polido. No atendimento, o único erro foi trazerem um prato que não havíamos pedido. É algo que vez ou outra acontece, mas uma vez que o restaurante não estava cheio, isso é um agravante. De qualquer forma, tudo foi resolvido sem maiores problemas. Nada que estragasse o jantar.

Para começar pedi o que, para mim, é o termômetro da qualidade de uma comida árabe: O velho e bom quibe frito, do qual sou fã incondicional. Minha namorada pediu outro clássico, também termômetro de comida árabe, a dupla homus e pão árabe (servido na forma de torradinhas, no Farid). O quibe estava bonzinho. Bem condimentado e sem exagero, bom tamanho, chegou quentinho à mesa, boa proporção de carne e trigo. Talvez um pouco de óleo demais. Já vi mais sequinhos. Preço tolerável.

Já o homus com as torradinhas de pão árabe... bem, a minha namorada não gostou. Provei e concordei com todas as observações dela: É caro para pouca quantidade, e o homus estava muito ácido. Na mesma semana comemos um bem melhor e mais barato em outro restaurante árabe de shopping center. Já as torradinhas de pão árabe estavam razoáveis.

Comentário sobre as entradas? Foram ok.

Como prato principal eu pedi um sanduíche de cordeiro com ervas, salada e picles no pão árabe, estilo wrap. Acompanhava um molho cremoso, ácido e picante. O sanduíche estava gostoso, mas não me impressionou, e o cordeiro estava ressecado. Na descrição do cardápio parecia bem melhor. Aliás, também achei caro, por R$ 18,90.

Minha namorada pediu um arroz com lentilhas e cebola, clássico árabe. Para ela faltou condimento, estava sem graça. Na minha opinião estava...pra variar, ok enquanto acompanhamento. Acho que combinaria bem com um cordeiro, mas ela é vegetariana...

O que achamos dos pratos? Bem...ok.

Enfim, a impressão deste jantar árabe é de uma expectativa que nunca se realizou, e ficou sempre no “quase”. Estava tudo satisfatório, mas por algum motivo, na hora de mostrar a que veio, o Farid não empolgou, e conseguiu arrancar de mim e minha namorada, no máximo, um “ok”.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Acontece uma coisa muito interessante em Salvador.


Por Talitha Colcerniani


Os estabelecimentos acham que é um favor que fazem aos clientes em abrir para atendê-los. Cheguei a esta conclusão depois de algumas saidas estressantes. Em pleno feriado resolvi ir ao Caranguejo de Sergipe. Quando cheguei achei estranho, pois as pessoas em algumas mesas estavam se levantando do nada... mas aí percebi o que estava acontecendo:

Havia somente três garçons no restaurante inteiro, pra atender mais de 40 mesas.

Em um momento o gerente começou a ir até as pessoas que acabavam de chegar para avisar que eles estavam sem condições de atender, mas se a pessoa quisesse ficar, deveria saber que tudo estava demorando. Teve até cliente levantando pra pegar a cerveja no bar porque demorava 10 a 20 minutos. Minha jarra de água de coco veio pela metade! Se não tem como atender, melhor não abrir! Ja basta uma mão de obra pouco qualificada, que não conhece o cardápio e ainda mal humorada porque esta trabalhando em péssimas condições...

Pensei que era um acontecimento isolado de minha vida e tentei esquecer o ocorrido...

Mas não é aconteceu de novo?! Desta vez no Mariposa. Chego ao estabelecimento do Shopping boulevard 161 e sou direcionada para o andar superior. Neste dia eu tinha que gritar, chorar para o garçom me atender. O gerente aparece falando que tudo está demorado porque eles nao esperavam abrir o segundo piso...

Comida chegando antes da bebida, temaki mal feito, molho da salada chegando no final, péssimo atendimento.

Fico a imaginar o que se passa na cabeça de um gerente para permitir chegar a este ponto, ainda mais em um local, teoricamente, de alto nivel. Ate que ponto vale a pena sacrificar o nome do estabelecimento por algumas mesas a mais na noite? Claro que nesses dois locais não volto e ainda aviso para todos os meus amigos.

Chega de ter este tipo de mentalidade de serviço “meia boca” em Salvador! Os donos têm que investir em treinamento, qualificação e ter visão de empreendimento. Nao basta abrir o local, é preciso cultivar novas propostas, procurar ajuda de profissionais que saibam direcionar o serviço e melhorar a qualidade.

Eu fico chateada quando chega o pessoal do sul e fica falando que salvador o povo não sabe trabalhar, que o atendimento é péssimo...